A palavra amor tem sua origem no latim, amor, como conhecemos no português. Sendo que tem duas variantes recebendo o mesmo significado, dilectio e charitas, ou seja, tem tantos desdobramentos e uma amplitude maior do que podemos imaginar.
No grego também tem palavras para definir este sentimento nobre, são elas: Eros, expressa o amor de uma forma física: apaixonado por outrem. Philia, significa generosidade, altruísmo, amor amigo. Stérgo para o amor fraternal, de irmãos. E o Ágape, significando o amor que se doa, incondicional, o amor que se entrega sem exigir nada em troca. Representa também o amor de Deus pela humanidade.
Nos mandamentos, aparece no começo de cada sentença: “Amarás a Deus sobre todas as coisas”.
Já no Novo Testamento, Jesus, resume o decálogo de Deus dado a Moisés no Monte Sinai. Disse Jesus: “Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o coração, e de toda a tua alma, e de todo o pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mt. 22. 37-39)
Nesta afirmativa precisa e inteligente de Jesus, entendo que Ele estava querendo dizer que o amor deve ser o solo onde a nossa vida deve ser plantada. O amor também deve ser o fundamento em que a nossa vida deve ser edificada, portanto devemos estar enraizado no amor ‘ágape’ de Jesus.
Entendo também que o que ama cultiva a principal virtude cristã. Paulo fala aos coríntios em sua primeira carta no capítulo 13: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
O amor é a evidência dos que são ensinados e discipulados por Cristo. Nisto todos conhecerão que são meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. (Jo. 13. 34)
Este amor cristão nos proporciona em realizar a missão de Jesus. (Jo. 21. 15-17)
Se o Senhor Jesus o Cristo nos ensinou tanto sobre o amor, porque vivemos em um mundo em constantes guerras entre homens e nações? Seriam as diferenças religiosas com seus idealismos e dogmas.
Defendo uma tese que digo o seguinte: “Não é a religião que nos une, pois cada um tem o direito de seguir a sua. Não é a música, pois as opções são diferentes. Nem muito menos o futebol, pois ultimamente os estádios tem se transformado em verdadeiros campos de batalhas.
Mas, o que nos une verdadeiramente é o amor incondicional do Senhor Jesus.
Vejamos:
O amor de Cristo será sempre suficientemente extenso e largo para alcançar toda a humanidade. (Cl. 3. 11)
O amor de Cristo é longo para durar para sempre até a eternidade. (Jo. 13. 1)
É também profundamente suficiente para alcançar a qualquer pecador por mais degradado que esteja o seu estado. (Is. 53. 6-7)
O amor inteligente de Cristo é suficientemente alto para nos conduzir até o céu. (Jo. 17. 24-26)
Ou seja, o amor inteligente de Nosso Senhor excede todo o entendimento humano, mas sem dúvida aquele que escolheu viver a eternidade com Ele poderá explorar as maravilhas inesgotáveis de Seu amor e de Sua graça.
* Reverendo Francisco Braga é Teólogo Reformado, Capelão e Embaixador da Paz no Brasil
