O trauma sexual pode congelar ou distorcer a expressão erótica; o corpo guarda hipervigilância, dissociação ou anestesia.
O trauma sexual pode ter impacto profundo na vida de uma pessoa, afetando a sua saúde mental, relacionamentos e sexualidade.
É importante reconhecer que o trauma sexual pode levar a problemas como ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático e dificuldade em estabelecer intimidade. No entanto, a recuperação é possível com apoio terapêutico e estratégias de enfrentamento.
É certo afirmar que a recuperação é um processo individual e desafiador, mas com a terapia psicanalítica é possível reconstruir a vida e recuperar a saúde emocional e sexual.
A cura, portanto, é um processo multifásico, ou seja, acompanhamento psicológico da pessoa, onde o tratamento é dividido por etapas distintas, com o objetivo de auxiliar a vítima a lidar com as consequências do trauma sexual ao longo do tempo.
Essas etapas podem incluir a estabilização inicial, a elaboração do trauma e a integração da experiência traumática na vida da pessoa vitimizada.
É crucial buscar ajuda profissional imediatamente após um trauma sexual sofrido, através de atenimento médico e psicoterapêutico.
Por fim, tratar o trauma sexual é costurar a ferida com a meta de instalar segurança interna (emocional), permitindo que o paciente diferencie passado e presente. Só então a libido pode circular sem que o corpo sinta cada prazer como sendo uma possível ameaça.
* Francisco Braga é, Psicanalista Especialista em Ansiedade e Depressão, Psicoterapia, Neuropsicofarmacologia e CID, Gestalt Terapia, Psicologia Hospitalar, Psicologia Aplicada a Reabilitação e Pós-graduando em Neuropsicanálise.